terça-feira, 20 de setembro de 2011

Obrigada, mamãe

Ninguém é tão altruísta quanto ela. Ela nunca vai cobrar por um conselho, também não pedirá permissão para dar uma bronca. Ela pode irritar de vez em quando, mas é bem provável que as atitudes que irritam sejam as mesmas que farão tão bem num outro dia qualquer. Se você deixar de morar com ela, é provável que o convívio de vocês fique ainda melhor, e que você consiga enxergá-la melhor também. Ela veio na minha casa no último final de semana. Veio para um jantar de família e aqui dormiu, pois não enxerga bem para dirigir à noite. Deu-me conselhos conjugais, perguntou como andam as coisas em todas as esferas da vida, contamos a vida dos últimos tempos uma para a outra. De repente, mais uma vez, eu percebi que ela é fundamental daquele jeito que a gente quase não percebe na correria do dia a dia. Somente na casa dela eu posso aparecer doente sem avisar e só com a roupa do corpo, ter uma cama para dormir, um pratinho na mesa para mim, um banho quente para tomar... Só na casa dela eu posso entrar e conferir tudo de gostoso que há na geladeira e nos armários, mesmo que eu nem esteja com fome. Só ela se preocupa em fazer vagem refogada com ovos mexidos pra mim quando eu a visito. Só ela me aconselha com base em sua própria vida, ensinando o que fazer e o que não fazer (provavelmente com lembranças de um erro já cometido no passado). Só ela tem a preocupação extrema de me ver feliz, de ver meu casamento sólido. Só ela me fala para soltar de sua mão e pegar na do meu marido para que ele se sinta amado. Sem o meu pai, só ela me restou. Só na casa dela tenho meu segundo lar, só com ela posso contar em qualquer momento, só ela será justa e verdadeira sempre. Espero que Deus me permita tê-la por todos os anos da minha vida.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Déjà vu: Saudade de um tempo que não vivi...

Ninguém seria melhor do que ela para ilustrar minhas palavras
Crédito: anabotafogo.com.br

Uma contradição em ação. Como movimentos tão suaves, semelhantes a um passeio nas nuvens, podem ser plenos somente em um universo de extrema força física, dor, abnegação, ensaios ininterruptos?
Ela parece ter caído do céu, depois de calcular mal o flutuar...
Que beleza, a bailarina em sua apresentação, puro esplendor!
Desde criança amo dançar. Amo, muito. Por pouco mais de um ano entrei numa escola de dança aos 9, 10 anos e dancei jazz, mas por razões financeiras familiares tive que sair e só retornei aos 26, quase agora.
Diferentemente de como via na infância, descobri que o ballet está sim entre as minhas paixões no mundo da dança. Eu que queria tanto encontrar um ‘Patrick Swayze’ em uma viagem de férias, e me tornar uma estrela dos palcos em apresentações de dança de salão. Mas descobri que o prazer não se concentra somente na dança de salão, e que eu realmente nasci para dançar, seja ballet, jazz, dança contemporânea, e outros ritmos que eu mal conheço, eu simplesmente sei que inserida em qualquer um deles eu serei feliz, e ficarei inebriada com a sensação etérea de executar essa arte em movimentos perfeitos.
Enfim, disse sim ao meu velho sonho e decidi desenferrujar as juntas no ritmo da dança. Se não posso voltar no tempo, que ele seja generoso comigo e me ajude a ser feliz mesmo tendo como hobby aquilo que eu sempre quis desempenhar como profissão.