segunda-feira, 10 de março de 2008

Molly smiles...

Quando a conheci eu era apenas uma menina. Ela já era uma mulher.
Confesso que me surpreenderam suas peraltices e atitudes demasiadamente infantis. EU era a criança, não ela. Por que chorar por ele? Nada o traria de volta. Nada lhes daria a chance de recomeçar.
Se ela pudesse, se rebelaria contra quem julga sem olhar para dentro de si. E em seu convívio havia muitos assim.
O inexplicável amor. Haveria logo de acontecer com a pessoa errada? Ou seria a certa?
Lembrou-se do girassol de Drummond. Quis enganar-se e pensou que cabia a ela aquela posição, apenas um estranho jeito de ser amada. Não! Amor por definição é altruísta. Não acreditava no amor que tira, mas no que soma.
Ela dizia, rodopiando: “A mim não importam suas opiniões carregadas de cinismo”.
Sentia falta de seu pai. Carência eterna teria. Era tempo de enfrentar mais mudanças e tomar decisões. Decisão de ficar bem seria a primeira.
Por que desconfiar do amor?
Nem todos correm o risco...
Menininha do papai...ele se foi...mas em algum lugar Molly smiles...in a summer day...
“Porque toda história tem um fim, e no fim de cada história há sempre um recomeço...”
Nessa hora ela esperou que eu lhe desse um abraço, porém hesitei...eu era apenas uma criança...não podia compreendê-la plenamente...
E meu pai estava lá...presente...

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